O
Museu da Cultura Afro-brasileira de Ilhabela recebe neste domingo (2), o projeto “Sete Linhas: música e ancestralidade nos terreiros de Ilhabela”, um dos contemplados pelo
Programa de Estímulo à Cultura (PEC) da Prefeitura de Ilhabela e Secretaria de Cultura, que reúne os resultados da trajetória de pesquisa do Coletivo Na Subida do Morro.
Idealizado pelo
DJ e produtor cultural Kost, o projeto une
performance musical e vivência comunitária para celebrar os saberes da cultura afro-brasileira e reafirmar a presença e a resistência da comunidade negra no município.
Na programação, o público poderá vivenciar um
DJ set inédito, criado a partir de uma pesquisa que ressignifica a musicalidade afro e valoriza a memória ancestral por meio do som. As faixas apresentadas emergem de uma filosofia e cosmovisão africana que revela a
potência criativa da comunidade negra. A tarde terá ainda uma
roda de conversa com lideranças de terreiro e
apresentação de samba de roda rural, conduzida pelo contramestre Alex Felix.
Sobre o projeto
“Sete Linhas” é um dos contemplados pelo Programa de Estímulo à Cultura (PEC) da Prefeitura de Ilhabela e Secretaria de Cultura, que reúne os resultados da trajetória de
pesquisa do Coletivo Na Subida do Morro. A iniciativa valoriza as vozes periféricas e dissidentes de Ilhabela ao trazer à tona
histórias e expressões artísticas que compõem a identidade cultural do município desde sua fundação.
O trabalho, desenvolvido ao longo do ano, envolve ações realizadas em dois espaços: Na Subida do Morro é Diferente e, em breve, no Museu Afro, com a ocupação do espaço público por meio da arte, do ritmo e da espiritualidade. As atividades ressaltam a
importância das tradições negras que sustentam, há gerações, a cultura e a resistência afro-brasileira.
“O valor simbólico do projeto está em fazer com que as pessoas se enxerguem através da música preta da diáspora e preservar as culturas tradicionais de matriz africana da cidade de Ilhabela. Para mim, é importante contribuir com a cultura da minha cidade nesse meu novo trabalho com a música afro”, destaca Kost, idealizador do projeto.
O “Sete Linhas” também incluiu
sets ao vivo, rodas de conversa, lançamento de um minidocumentário e participações de artistas convidados. Trechos do documentário serão disponibilizados no YouTube e Instagram para ampliar o alcance da iniciativa a todo o país.
Como desdobramento do trabalho, DJ Kost foi
reconhecido nacionalmente ao ser contemplado em 2025 nos editais da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura e da Bolsa de Mobilidade Cultural Afro-brasileira, conquistas que reforçam o
impacto e a relevância dessa pesquisa na construção estética e simbólica do “Sete Linhas”.
Equipe técnica
O projeto conta com a colaboração de DJ Kost (idealizador, DJ e diretor audiovisual), Thauany Mesquita (assessoria de imprensa), Bixo do Mato (beatmaker e designer gráfico), Felipe Samurai (cenógrafo e cinegrafista), Mingo Manocchi (diretor de fotografia), Maíra Paschoal (produtora executiva), Gigi Cardim (assistente de produção), Mi Preta (entrevistadora) e Xing (editor).
Sobre o idealizador
Nascido no alto da periferia e forjado no movimento hip-hop, DJ Kost, também conhecido como
Kostelinha, é
DJ, b-boy, produtor cultural e fundador do espaço Na Subida do Morro é Diferente, em Ilhabela – um ponto de encontro de diferentes expressões artísticas periféricas. Com mais de
20 anos de trajetória, já se apresentou ao lado de artistas como Iza, Thaíde, Tássia Reis e BNegão.
Serviço
Projeto “Sete Linhas: música e ancestralidade nos terreiros de Ilhabela”
Data: 2 de novembro (domingo)
Horário: das 16h às 18h30
Local: Museu da Cultura Afro-brasileira, localizado na Fazenda do Engenho D’Água – Av. Pedro de Paula Moraes, nº 1475 – Engenho d'Água