A usina de reprocessamento de resíduos de podas e RCC de São Sebastião Salete Magalhães (Meio Ambiente), Edvaldo Anízio (Administração) e funcionários do aterro municipal conheceram a usina Uma comitiva de Ilhabela, composta pelos secretários de Meio Ambiente e de Administração, Salete Magalhães e Edvaldo Anízio da Silva, respectivamente, e Leia mais
A usina de reprocessamento de resíduos de podas e RCC de São Sebastião Salete Magalhães (Meio Ambiente), Edvaldo Anízio (Administração) e funcionários do aterro municipal conheceram a usina Uma comitiva de Ilhabela, composta pelos secretários de Meio Ambiente e de Administração, Salete Magalhães e Edvaldo Anízio da Silva, respectivamente, e funcionários do Aterro Municipal, visitaram nesta segunda-feira (30), a Usina de Reciclagem de São Sebastião, no bairro Canto do Mar, com o objetivo de ver o funcionamento do local que recebe os resíduos de poda e da construção civil (RCC) do arquipélago, e estudar novas alternativas para o reprocessamento do material. Os representantes de Ilhabela, acompanharam o funcionamento das etapas de separação dos materiais feitos com equipamentos e mão de obra em terreno licenciado pela Cetesb. Desde a chegada dos materiais de podas e de construção, transportados em caminhões que saem de Ilhabela (todos do recém-criado Programa Carona Legal), são realizadas seis etapas. A primeira triagem consiste na retirada de materiais como plástico, pedra e outros e a passagem do material por uma máquina conhecida como peneira vibratória, que separa três tipos de material, por tamanho. Na sequência o material cai em uma esteira de triagem que separa troncos grandes, pedras e material vegetal. As próximas etapas, após a esteira, são a máquina trituradora e picadora, de onde o material de diversas gramaturas são levados por caminhões até as baías de armazenamento-separadas por gramatura e de onde é comercializado como adubo orgânico. Os secretários e funcionários do aterro ilhéu foram recebidos pelo diretor Geral da empresa Ideal, Pedro Amaral, e pelo Gerente do Sistema de Gestão, Aurélio de Castro. Os secretários Salete e Edvaldo explicaram que essa foi mais uma das visitas que o governo municipal tem realizado com o intuito de estudar soluções viáveis para a ilha. “Por orientação da prefeita Gracinha Ferreira, fomos a Jacareí, vimos a usina de transformação do RCC (Resíduo da Construção Civil) em bloquetes usados em calçamento; visitamos outras cidades onde conhecemos equipamentos e tecnologias diferentes e estivemos aqui conhecendo o reprocessamento. A prefeita Gracinha tem nos orientado sobre o fato de precisamos definir o melhor caminho para o nosso município atender as exigências legais e dar conta de sua responsabilidade”, explicou Salete Magalhães. Segundo os funcionários do Aterro Municipal, os caminhões do Programa Carona Legal retiram do arquipélago e transportam para a Usina de Reciclagem de São Sebastião uma média de 300 toneladas/dia de resíduos de podas e 330 toneladas/dia de RCC. O Programa Carona Legal tem 28 empresas operando, com aproximadamente 35 caminhões. A iniciativa da prefeitura, de criar o Carona Legal, resultou em um grande sucesso ao permitir a limpeza total de resíduos de poda do terreno (autorizado pela Cetesb) ao lado do “Campo do Galera”, no bairro Água Branca, de onde em menos de um mês foram removidas nove mil toneladas. Solução O “Programa Carona Legal” se transformou em solução para o histórico problema do esvaziamento do Aterro Municipal e mais uma opção para a geração de emprego, renda e valorização da mão de obra local. O projeto da prefeitura permite a utilização de caminhoneiros e caçambeiros do arquipélago, que sairiam com seus veículos vazios da cidade, para a retirada de resíduos de podas e de RCC. Além da geração da empego, a prefeitura, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, também conseguiu grande economia. A Administração paga R$ 65 reais por tonelada retirada pelos caminhoneiros e caçambeiros, enquanto pagaria, em média, mais de R$ 300 se destinasse o resíduo para o aterro municipal, considerando o transporte e a destinação. O esvaziamento do Aterro Municipal é uma cobrança feita pelo Ministério Público desde 2004, ano que a prefeitura assinou, mas não conseguiu atender, o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o MP para cessar as atividades de recebimento de resíduos e rejeitos no local. Em 25 de abril de 2019, com a determinação de fechamento do aterro, por parte do Ministério Público (Gaema) e Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), sob pena de multa diária, a prefeitura conseguiu impedir a ampliação, ao proibir a entrada de novas caçambas de resíduos de construção civil e podas. A outra medida efetiva para reduzir a quantidade já existente, acumulada há anos, foi a criação do “Carona Legal”.