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O prefeito Márcio Tenório anunciou a novidade durante o encerramento do evento, prestigiado por cerca de cinco mil pessoas A Exposição Internacional do Bambu Ilhabela, foi encerrada no domingo (2), e devido ao grande sucesso do evento, a realização da segunda edição foi confirmada para 2019, pelo prefeito Márcio Tenório durante a cerimônia de encerramento. Realizada pela Prefeitura, por meio da Secretaria do Desenvolvimento e Inclusão Social, e promovido pela Nunes Bambu, o evento – que teve como principal objetivo divulgar o arquipélago de um jeito simples e natural –, contou com a participação de alguns dos maiores bambuzeiros da atualidade, do Brasil e do mundo, com representantes da Colômbia, Argentina, Equador e Guatemala. Durante quatro dias de evento, aproximadamente cinco mil pessoas passaram pelos jardins da Fazenda Engenho D’Água, em meio a um cenário montado com milhares peças de bambu. Somente da Ilha da Vitória, foram trazidas 1000 varas de bambu que deram vida às 64 barracas expositoras, portal de entrada e toda fachada da Fazenda. As comunidades e artesãos da cidade tiveram a oportunidade de divulgar seus trabalhos, que surtiu retorno positivo em relação às vendas. Como por exemplo, a comunidade da Ilha de Búzios, com a venda de licor de juçara e esteiras feitas com o cacho da árvore do fruto e 200 peças exclusivas feitas com o bambu taquaruçu; a comunidade da Ilha da Vitória, com mais de 300 itens produzidos com bambu; e a comunidade de Castelhanos, com os famosos cestos de bambu e cipós timbó-peba. O encontro de âmbito internacional, gerou importantes ganhos para a cidade: foi anunciado que um grupo de profissionais e associações ligados ao bambu e universidades presentes, ajudarão na construção de um Centro de Capacitação voltado ao estudo e uso do produto, o qual atenderá as Comunidades Tradicionais, assim como aos demais interessados, uma iniciativa que contribuirá na geração de emprego e renda. Também surgiu a possibilidade de Ilhabela sediar o Encontro Mundial dos Profissionais do Bambu em 2022 (em 2020 será realizado em Pequim, na China). De acordo com a secretária da pasta, Nilce Signorini, as expectativas em relação ao evento foram ultrapassadas. “Atingimos um objetivo importante, fazer com que as Comunidades Tradicionais se sintam prestigiadas e valorizadas”. Nilce destacou que o projeto de inclusão produtiva é essencial, tendo em vista a época do defeso, assim como a escassez do pescado: “Queremos agregar esse projeto à merenda escolar, introduzindo o broto e a farinha do bambu”. Outro ponto importante exposto pela secretária foi o contato realizado com o Consulado da China no Brasil: “Poderemos firmar intercâmbio voltado ao estudo e aperfeiçoamento, não somente na área do bambu, como também do pescado”. O prefeito Márcio Tenório parabenizou a secretária Nilce e o organizador João Nunes pelo grande evento e lembrou que a Administração está honrando o compromisso de praticar a sustentabilidade econômica, cumprindo mais um programa do governo. “Hoje, através da cultura do artesanato do bambu, o projeto de inclusão produtiva vem, com certeza, incentivar a nossa população, gerando emprego e renda, como uma alternativa de subsistência para as comunidades”. Para o prefeito, é uma grande honra participar do evento que traz divisas à cidade e tem por objetivo apresentar o bambu como uma das alternativas para as questões ambientais, sociais e econômicas. “É importante destacar que essa iniciativa demonstra nossa dedicação com as comunidades tradicionais, lembrando ser a Ilha da Vitória, a maior produtora de bambu do arquipélago”, finalizou. Bambu O bambu é a madeira do futuro, uma resposta inovadora à construção civil, arquitetura, design e é importante sequestrador de carbono. A maior plantação no arquipélago encontra-se na Ilha da Vitória desde a década de 1930, comunidade tradicional situada ao norte do arquipélago. A planta alastrou-se e hoje conta com 40 mil metros quadrados da espécie “Phyllostachys aurea”. De 2014 até hoje, através da Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão Social, a comunidade vitoriana tem recebido orientações do professor João Nunes sobre o correto manejo e transformação do bambu em uma das alternativas de subsistência, nos períodos de defeso. A iniciativa já surtiu resultados com as comunidades, a exemplo da geração de emprego e renda. Na colheita deste ano, que acontece entre os meses de setembro e novembro, a comunidade da Ilha da Vitória realizou testes com o broto do bambu como forma de alimentação, para que futuramente venha a ser comercializado também.