Com o propósito de implantar um novo sistema de gestão no PSF (Programa de Saúde da Família), a Prefeitura de Ilhabela anunciou nessa semana o médico e acupunturista, Márcio Nakasone, como novo coordenador do programa. A ideia da gestão é dar início a uma nova identidade no serviço, desfazendo o Leia mais
Com o propósito de implantar um novo sistema de gestão no PSF (Programa de Saúde da Família), a Prefeitura de Ilhabela anunciou nessa semana o médico e acupunturista, Márcio Nakasone, como novo coordenador do programa. A ideia da gestão é dar início a uma nova identidade no serviço, desfazendo o equívoco de como é trabalhada a humanização atualmente. “Acredito que nosso maior problema na atenção básica seja o desacerto conceitual que envolve o tema “humanização”. Até hoje, esse conceito é aplicado como se fosse um conjunto de ações pactuadas com outras esferas de poder, e delegadas pelos gestores às unidades de saúde para que melhorem a satisfação do usuário em relação ao serviço. O resultado desse equívoco é a desmotivação das equipes que ficam na situação de oferecerem ao usuário aquilo que não é oferecido a elas: o respeito, suas singularidades, subjetividades, instrumentalização e ampliação do seu repertório de realidade para a difícil, porém edificante, tarefa de cuidar do próximo”, declarou Nakasone. Segundo o médico, muitos estudos apontam que a qualidade de um serviço está relacionada ao grau de consciência que o trabalhador tem sobre a importância do trabalho que realiza. Após a formação e alinhamento da equipe de gestão da atenção básica, será iniciado um ciclo de ações com cuidados ao trabalhador da saúde.“Faremos um grande e sincero acolhimento a todos que aceitam com dignidade a responsabilidade de auxiliar um indivíduo num momento de sofrimento e transmuta-lo em uma grande oportunidade, para um melhor convívio consigo e com a sociedade, promovendo saúde e paz”, finalizou Nakasone. Sobre Márcio Nakasone O novo coordenador é formado pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP/ Autarquia Estadual), sua turma foi uma das primeiras a experimentar as mudanças curriculares no ensino Médico incentivadas pelo Ministério como estratégia para Humanização dos Serviços de Saúde, conceito fundamental para a consolidação e fortalecimento do SUS. Atuou como Médico da Família e Comunidade nas Cidades de São Paulo, São Sebastião, Caraguatatuba e Ilhabela. Também estudou Medicina Tradicional Chinesa como forma de lidar com as dificuldades de referenciar pacientes da atenção básica à especialidade, além de trazer uma breve experiência na gestão pública de estratégia.