A Prefeitura de Ilhabela promoveu, nos dias 13 e 14 de junho, a 6ª Conferência Municipal das Cidades. O evento reuniu representantes do poder público, movimentos sociais, entidades profissionais e da sociedade civil em torno do tema
“Construindo a Política Inclusiva de Desenvolvimento Urbano”.
A conferência ocorreu no Auditório Municipal Pasquale Colucci, no Paço Municipal, e integrou o calendário oficial da 7ª Conferência Estadual das Cidades.
Palestra, mesa-redonda e grupos de trabalho: saiba como foi a 6ª Conferência Municipal das Cidades
A programação teve início na sexta-feira (13), às 17h30, com a solenidade de abertura realizada pelo vice-prefeito de Ilhabela, João Pedro Reale Colucci; o presidente da Câmara Municipal, vereador Ezequiel Alves; e os parlamentares Anísio Oliveira e Dra. Núbia, além dos secretários municipais e vereadores licenciados, Dr. Thiago Souza e Edilson da Ilha. Em seguida, foi lido e aprovado o regimento interno da conferência.
Na sequência, os participantes assistiram à palestra do Subsecretário de Desenvolvimento Urbano do Estado de São Paulo, José Police Neto, que abordou os
desafios contemporâneos das políticas urbanas. Com ampla experiência na área, o palestrante também coordena o Núcleo de Habitação, Real State e Regulação no Centro de Estudos das Cidades.
No sábado (14), os trabalhos começaram às 9h30 com o credenciamento dos participantes. A mesa-redonda reuniu especialistas como Célia Regina de Gouveia Souza, pesquisadora científica e geóloga, e Daniela Lerario, bióloga e ambientalista com atuação em ação climática e economia circular. A partir das 11h, os participantes foram divididos em grupos de trabalho organizados por eixos temáticos. À tarde, foram votadas as propostas elaboradas pelos grupos, além da escolha dos delegados que representarão Ilhabela na fase estadual da conferência.
Entre os temas abordados, destacaram-se habitação, mobilidade, saneamento, meio ambiente, cidades inteligentes e participação social. A conferência também se consolidou como espaço fundamental para o fortalecimento do diálogo entre governo e sociedade, com
93 participantes na sexta-feira (13) e 42 participantes nos grupos temáticos no sábado (14).
O secretário de Habitação e Gestão Territorial, Dr. Thiago Souza, ressaltou a importância do evento: “A Conferência Municipal das Cidades é um espaço essencial para o diálogo, participação social e construção coletiva do futuro do nosso município. As cidades são organismos vivos, que crescem, se transformam e enfrentam desafios constantes. Nenhuma dessas questões pode ser enfrentada de forma eficaz sem ouvir quem vive e constrói essa cidade, que é o povo”.
A secretária de Meio Ambiente, Maria Inez Fazzini, também mencionou a relevância do encontro: “Foram dois dias extremamente significativos, especialmente para as pautas ambientais, que ganharam espaço qualificado nas discussões. Debatemos temas essenciais como mudanças climáticas, economia circular, gestão de resíduos e governança ambiental, com a participação de especialistas que contribuíram de forma valiosa para o diálogo. Fico muito satisfeita em ver a sociedade civil engajada, participando ativamente e compreendendo que pensar o futuro das cidades é, acima de tudo, pensar na preservação do meio ambiente e na sustentabilidade como pilares do desenvolvimento urbano”.
Propostas aprovadas na conferência seguem para fase estadual
Ao todo, foram aprovadas quatro propostas que serão encaminhadas à etapa estadual. Entre elas, destacam-se:
- Habitação e regularização fundiária: criação de política habitacional em parceria com os governos estadual e federal, com foco na implantação de moradias populares e regularização fundiária que contemple as especificidades das comunidades tradicionais, conforme o Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS);
- Saneamento básico: universalização do acesso à água e ao tratamento de esgoto até 2030, alinhada à Agenda 2030 da ONU;
- Tecnologia e dados abertos: reestruturação da plataforma da Fundação SEADE para disponibilização de dados acessíveis aos municípios por meio de APIs abertas, fomentando a criação de painéis e análises em tempo real;
- Gestão democrática: fortalecimento dos conselhos municipais com foco em diversidade, inclusão de comunidades não organizadas, estímulo à participação cidadã e fomento à economia solidária.
Com a conclusão da etapa municipal, Ilhabela avança no debate sobre o desenvolvimento urbano sustentável e na formulação de políticas públicas inclusivas, com base na escuta ativa e no protagonismo social.