Na última quinta-feira (22), a Prefeitura de Ilhabela promoveu um importante encontro intersetorial em alusão ao
Maio Laranja, mês dedicado ao combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes.
Realizado no Paço Municipal, o evento reuniu representantes de diversas secretarias e instituições do município para debater o fluxo de atendimento às vítimas, a escuta especializada, as estratégias de prevenção e o enfrentamento da violência sexual infantojuvenil.
Durante a programação, foram apresentadas experiências de outros países e novas políticas públicas que podem fortalecer o combate à violência sexual, com ênfase na importância de contar com profissionais capacitados, envolvidos na escuta e acolhimento das vítimas para oferecer um atendimento mais humanizado e eficaz.
Palestrantes apresentaram dados locais e ressaltaram a importância do acolhimento às vítimas
O Conselho Tutelar de Ilhabela também marcou presença e compartilhou dados sobre o cenário local: em 2024, foram registrados 44 casos de abuso sexual infantil e juvenil, enquanto nos primeiros cinco meses de 2025 foram contabilizados 11 casos.
As psicólogas Andréa Faras e Ana Martinelli, além da assistente social Tamires Silva Botelho, explicaram como se dá o acolhimento e o acompanhamento das vítimas no
CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), com destaque para a importância da
escuta qualificada, que evita a revitimização das crianças e adolescentes ao longo do processo.
O Secretário de Desenvolvimento e Inclusão Social, Alessandro Abençoado, destacou a importância do evento: “Discutir esse assunto abertamente, com a participação do CREAS e outros especialistas da área, foi fundamental para ampliarmos a compreensão sobre o impacto devastador dessas violências. Mas, o mais importante aqui foi mostrar a responsabilidade coletiva que todos nós temos na proteção das nossas crianças e adolescentes”.
O encontro contou com a presença de representantes das secretarias municipais de
Desenvolvimento e Inclusão Social;
Comunidades Tradicionais, Pesca e Agricultura;
Serviços Urbanos;
Educação;
Governo;
Saúde;
Mobilidade Urbana e Segurança; além dos vereadores Nalva Oliveira e Ezequiel Alves, e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA).
Durante o evento, reforçou-se a
necessidade de falar mais sobre o assunto, observar sinais, escutar com atenção e agir diante de suspeitas. A denúncia é o primeiro passo para romper o ciclo da violência.
Em casos de suspeita de abuso ou exploração sexual contra crianças e adolescentes, a população pode
denunciar anonimamente por meio do Disque 100, o serviço gratuito e sigiloso.